Filosofia - Primeiro Ano

Platão

É discípulo de Sócrates, pois apostava na razão filosófica como caminho que leva o ser humano a justiça e a virtude. As suas obras são dedicadas ao tema da boa convivência dos homens em sociedade. Para Platão o desprezo da razão é igual a supervalorização das paixões pessoais, à agressividade e imprudência. Isso teria como resultado a violência contra o próximo. Portanto, se torna irracional o ser humano que se deixa levar pela satisfação física sem limites. Existe a necessidade da criação de regras para si e para a sociedade.
Teoria das Ideias: O primeiro conceito a se considerar de Platão é o da formação do mundo. Para ele o mundo Sensível (este que vivemos) é uma copia do mundo Inteligível. Este segundo é o mundo onde está a verdade, por isso, ele é imaterial, eterno e imutável. O semi-deus Demiurgo (artesão) faz uma cópia do mundo perfeito, porém a copia é inferior e assim, pode ser observado pelos cinco sentidos. Para Platão, este mundo sensível é considerado desprezível, por isso o que importa é conseguir chegar ao mundo verdadeiro, ou seja, preocupar-se com a formação racional e com o controle rígido de seus instintos, visto que, a passagem para o verdadeiro mundo se dá na utilização da razão.
A idéia sobre o Homem: O ser humano seria composto de corpo e alma, sendo a alam a parte mais importante e mais real do indivíduo. A alma sendo um “objeto” do mundo inteligível é imortal e eterna, porém está encarnada no corpo como em uma prisão. A prática da razão é o instrumento único que pode solta-la.
O Conhecimento: Segundo Platão a alma habitava o mundo Inteligível e ao encarnar-se o conhecimento deste mundo perfeito se perderia como em um esquecimento. Portanto, o conhecimento do homem no mundo Sensível somente se daria por meio da Reminiscência. Este processo é o poder de “recordar-se”, onde todo aprendizado seria na verdade uma lembrança das verdades contidas no mundo inteligível.
A República dos Filósofos: Outro aspecto importante do pensamento platônico é a sua doutrina política. Platão estendeu suas preocupações de individual para a esfera coletiva, ou seja, a sociedade. Ele procurou delinear um projeto político no qual o governo da cidade (polis) garantisse a felicidade de todos. A política de uma cidade deve ser organizada de maneira análoga ao funcionamento da alma. Isto é, as partes relacionadas a sensualidade da alma (a parte mais baixa) é o lado popular da cidade que é movido pela ambição do lucro e não pelo desejo do bem. Embora seja necessária para a sobrevivência material de todas as pessoas, precisaria ser controlada. A parte da alma que está ligada as emoções seria reservada aos guardiões da cidade. Defenderiam a cidade de eventuais inimigos e seriam responsáveis pela aplicação da justiça entre os habitantes. E por fim, a parte mais importante da alma, ou seja, a cabeça, onde está presente a racionalidade, seria destinada aos governantes da cidade. Os filósofos estavam presentes nesta última categoria, visto que, eram as pessoas mais racionais da cidade.